quarta-feira, dezembro 15, 2010

Transparência...





Frases que ficam, silêncio que doi
Sons de um nada que outrora tudo foi
Basta de horror, da mágoa do cinzento
Que a vida sem cor é levada pelo vento

Pessoas tapadas pelos restos de um nosso capricho
Invisíveis aos olhos de quem não vê nada
Olhar vazio, cara envergonhada
De quem só come o que encontra no lixo

Chega de fome, de pobreza, de frio
Da indiferença e olhares de desprezo
De um presente em tudo sombrio
Despedaçado por um passado indefeso

Frases escondidas num silêncio constrangedor
Sons de um mundo que acontece ao seu redor

Basta de horror, da mágoa do cinzento
Que a vida sem cor é levada pelo vento...



Excertos de um pensamento de mais um cego!

domingo, dezembro 05, 2010

Sorri, sorrio, sorrirei!

Está frio... Muito! Tenho em mim que, estes, são tempos frios, de tudo. Frios de sentimentos, acções e reacções, formas de estar, dizer e fazer. Não são as condições climatéricas que assim nos fazem, persuadem. É algo mais forte e pesado. É algo que, à primeira vista, não nos permite usar o nosso próprio calor emocional para aquecer o peito. Tem a ver com o que nos é imposto constantemente, e se torna cada vez mais difícil combater. A tudo isso, digo: não venhas por aqui! Não sucumbo perante ameças, avisos e imposições de quem não sabe quem sou, de quem não faz ideia do que me aquece ou arrefece, porque não lhe aquece nem arrefece! Sei que pareço vago... que é vago o que escrevo agora. Também sei que os gritos, por virem de "ipirangas", não são mais audíveis ou justos... Uso da minha palavra e da força que ela tem, muita ou quase nenhuma, para dizer que estou cá. E que não continuem a tentar tirar-me o sorriso da cara... Porque ele veio comigo e com ela ao mundo, e juntos partiremos do mesmo! :) :) :) :)