Sentado no meio de uma lixeira municipal,
Brinca um miúdo, que nada faz de mal!
Sentado descalso sorrindo...
Olhos pretos, que sabem da vida
Guarda cartão apodrecido
E procura, mais comida.
Veste uns calções cinzentos,
Com os trapos fez uma bola...
Com que brinca alguns momentos
E assim, não vai à escola...
Sabe de um sítio escondido
Onde se pode abrigar,
E vai aí viver, assim esquecido,
Até alguém...
Dele se lembrar!
Sentado no meio de uma lixeira municipal,
Brinca o miúdo, que nada faz de mal...
Sabe de um sítio escondido
Onde se pode abrigar,
E vai aí viver, assim esquecido,
Até alguém...
Dele se lembrar...
Lembrar!!
O puto cresceu, e deixou a escola,
Andava nas ruas a snifar cola!
Meteu-se nos bandos, esqueceu o passado,
Deu no cavalo, e foi apanhado...
A noite surgiu, e fica sozinho...
Em quatro paredes, perdeu o caminho...
PEGOU NO CINTO, PARA SERVIR DE CORDA, DISSE ADEUS À VIDA...
E FOI-SE EMBORA...
E FOI-SE EMBORA...
E FOI-SE EMBORA...
E FOI-SE EMBORA!!
(...) O autor desta letra!
Obrigado!